Mesmo em meio à pandemia de coronavírus, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) passará, neste ano, por eleição para escolha do novo reitor da maior instituição de nível superior da Região Central do Estado. Devido às restrições para conter a Covid-19, foi estabelecido, por meio de uma instrução normativa, o Sistema de Votação Online. Para dar os encaminhamentos e transparência ao processo, o Conselho Universitário (Consu) se reunirá, nesta terça-feria, para deliberar acerca do tema.
Conforme o reitor da UFSM, Paulo Burmann, o projeto que será proposto e analisado - podendo sofrer modificações - prevê o seguinte: os candidatos passarão pela pesquisa de opinião, em que professores, servidores e alunos poderão votar. O resultado será conhecido e encaminhado ao Conselho Superior (Universitário, de Ensino, Pesquisa e Extensão e de Curadores).
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Para a escolha da listra tríplice, qualquer professor habilitado poderá se candidatar - mesmo quem não tenha passado pela pesquisa. Caberá aos conselheiros votar e definir quem estará na lista que é encaminhada à presidência da República. Um destes três será nomeado reitor pelo presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
_ Provavelmente o candidato mais votados na pesquisa integrará a lista tríplice, pois a UFSM tem tradição de respeitar a autonomia universitária e a democracia interna.
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Segundo o reitor, este modelo é para não causar insegurança ou qualquer possibilidade de intervenção externa. Todo o processo eleitoral e de encaminhamento dos nomes, afirma Burmann, deve ser concluído até junho deste ano.
LISTA TRÍPLICE
Os reitores das instituições, tradicionalmente, são escolhidos pela comunidade acadêmica, por meio de uma votação que resulta em três nomes. O mais votado costumava ter o nome confirmado pelo presidente. No entanto, houve casos em que a escolha de Bolsonaro quebrou a tradição. Exemplos são os casos da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em que os mais votados não foram nomeados.